Objetivo de site
Este site visa abordar os temas mais modernos da endodontia , englobando artigos científicos , textos , gravuras , vídeos , depoimentos , dicas de casos clínicos e sugestões de literatura.
Todo este conteúdo voltado para esta apaixonante especialidade da odontologia , ENDODONTIA !!!
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Variação Anatômica
Este , alias, ESTES dentes foram extraídos por uma colega , Dra. Fabiane, que mostrou muita raça e sorte... Isso porque ela realizou esta exodontia em um posto de atenção básica , sem radiografia periapical e sem nenhum instrumental para uma intervenção mais invasiva .
Esta fotografias servem para nos alertar o quão é surpreendente nosso organismo e como a anatomia dental pode variar.
Vença a ANATOMIA e seja um vitorioso endodontista !!!
Divirtam-se com as fotografia !!!
Esta fotografias servem para nos alertar o quão é surpreendente nosso organismo e como a anatomia dental pode variar.
Vença a ANATOMIA e seja um vitorioso endodontista !!!
Divirtam-se com as fotografia !!!
" Os dentes também amam "
Lesão Endo-periodontal
Lesão Endo-periodontal
Dr. Flávio Prisco |
A relação entre as doenças pulpares e periodontais tem sido objeto de estudo há alguns anos. Muito já foi discutido em relação à etiologia, diagnóstico e tratamento das lesões endo-periodontais .
Sabe-se que ao haver uma combinação entre estas duas lesões , o tratamento combinado deve ser feito , respeitando-se a prioridade do tratamento endodôntico para posterior tratamento periodontal .
O sistema de canais radiculares é bastante complexo , sendo o seu domínio inclusive um grande obstáculo mesmo com a enorme gama de tecnologia que a endodontia atual possui. De nada adianta um grande arsenal , se o endodontista não domina a anatomia dental.
A ligação entre o tecido periodontal e o endodôntico se dá atraves de canais laterais, acessórios, apicais e dos tubulos dentinários . E é por este caminho que as bactérias colonizam os tecidos afetando-os.
A desinfecção interna radicular se mostra imprescindível antes do tratamento periodontal ,visto que se a endodontia não for priorizada , o tratamento periodontal será em vão devido à re-infecção do sítio tratado pelas bactérias oriundas do canal radicular .
Neste caso apresentado pela radiografia ( ainda em tratamento ) , optei pela intervenção endodôntica realizando a abertura coronária , instrumentação e colocação da medicação intracanal ( pasta HPG ). Encaminhei o paciente para que fosse feito o tratamento periodontal ( ou mesmo iniciado ) , para que posteriormente seja concluído o tratamento endodôntico .
Ao finalizar este caso, farei o seu acompanhamento com rigor, afim de publicá-lo neste site .
Aguardem !!!!
Leitura recomendada:
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
PDT ( Photodynamic Therapy ) - Terapia fotodinâmica
PDT
Nas últimas décadas, a endodontia evoluiu substancialmente com o desenvolvimento e adoção
de novas tecnologias e materiais, facilitando o trabalho do endodontista e diminuindo o tempo para execução do tratamento endodôntico. Apesar disso, a maioria das falhas ou insucessos endodônticos está relacionada com a persistência de microrganismos que resistiram ao preparo químico-mecânico ou à medicação intracanal¹. A terapia fotodinâmica desponta como uma
nova terapia, coadjuvante ao tratamento endodôntico, na tentativa de eliminar microorganismos persistentes ao preparo químico-mecânico. Sendo de fácil e rápida aplicação clínica, não desenvolve resistência microbiana, podendo ser indicada em tratamentos endodônticos em sessão única ou em múltiplas sessões.
Breve Histórico :
A utilização da luz como agente terapêutico tem sido empregada no tratamento de doenças desde a Antiguidade. No Egito, Índia e China utilizava-se a luz solar para tratamento de doenças da pele como psoríase, vitiligo e câncer.
O conceito de morte celular induzido pela interação de luz e substâncias químicas é reconhecido há mais de cem anos. No ano de 1900, as primeiras experiências com tratamento fotodinâmico foram relatadas por Oscar Raab, um estudante de medicina, e seu professor, Herman Von Tappeiner, em Munique. Eles estudaram o efeito do corante de acridina sobre culturas de paramécios e descobriram que a combinação do corante de acridina e luz foi letal para esses. Durante uma tempestade com ocorrência de muitos raios houve alteração das
condições luminosas do ambiente no momento dos experimentos, o que levou os autores a postular que esse efeito era causado pela transferência da energia da luz para a substância química, similar ao que ocorre nas plantas pela absorção da luz pela clorofila. Nem a luz ou o corante isoladamente tiveram qualquer efeito aparente sobre os paramécios, mas juntos foram altamente citotóxicos.
Mecanismo de Ação :
A terapia fotodinâmica, também conhecida como PDT, acrônimo de photodynamic therapy, surge como uma promissora terapia antimicrobiana. Envolve a utilização de um fotossensibilizador (corante), que é ativado pela luz de um específico comprimento
de onda na presença de oxigênio. A transferência de energia do fotossensibilizador ativado
para o oxigênio disponível resulta na formação de espécies tóxicas de oxigênio , conhecida como oxigênio singleto e radicais livres. Estes são espécimes químicos altamente reativos que danificam proteínas, lípedes, ácidos nucleicos e outros componentes celulares microbianos.
Existem 02 tipos de reação :
A reação do tipo I com água em meio microbiano pode elevar os radicais hidroxila, que
podem reagir com biomoléculas ou se combinar para formar peróxido de hidrogênio in situ. Os subsequentes resultados citotóxicos incluem a remoção de hidrogênio de moléculas insaturadas, como os fosfolipídeos da membrana citoplasmática bacteriana, alterando a permeabilidade e integridade da membrana. A inativação de enzimas da membrana e receptores também é possível.
Na reação do tipo II, o fotossensibilizador no estado tripleto transfere sua energia para o oxigênio molecular, formando in situ o oxigênio singleto, que então reage rapidamente com componentes celulares, como a parede celular, ácido nucleico, peptídeos e moléculas envolvidas na manutenção estrutural da parede celular/membrana, tais como fosfolipídeos
esteróis e peptídeos.
Tempo de pré-irradiação :
O tempo de pré-irradiação corresponde ao tempo decorrido entre a aplicação do fotossensibilizador no alvo e sua ativação pela luz. Atualmente preconiza-se um tempo de 01 minuto .
Na endodontia, os fotossensibilizadores derivados das fenotiazinas têm sido amplamente empregados nas pesquisas envolvendo PDT .
As fenotiazinas são compostos heteroaromáticos tricíclicos, corantes azuis, como o corante azul de toluidina e o azul de metileno. Em baixas concentrações não produzem ação citotóxica e a dose necessária para a morte bacteriana é menor que a dose para causar danos a células, como queratinócitos e fibroblastos.
Fontes de energia :
Atualmente são utilizados lasers de diodo, emitindo no espectro do vermelho em baixa intensidade, por serem bem absorvidos pelos tecidos biológicos. Na terapia fotodinâmica, os efeitos obtidos não o são por incremento de temperatura, mas por reações fotoquímicas entre o fotossensibilizador, luz e o substrato.
Uma fonte de luz alternativa para a PDT são os LEDs (diodos emissores de luz), que podem ser utilizados como fontes de ativação em PDT, apresentando um baixo componente térmico e luz monocromática, com banda estreita de comprimento de onda. Nos LEDs predomina o mecanismo espontâneo de radiação com pouca energia para geração de luz, apresentando largo espectro de luz não coerente e com maior divergência.
A luz pode ser transmitida por meio de fibra óptica; estas fibras podem receber adaptações para melhor acessar a lesão alvo com micro-lentes e difusores .
Fonte :
Amaral R., Amorim J. , Faria J. , Nunes E., Soares J., Silveira F. Photodynamic therapy in endodontics - review of literature. RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 2, p. 207-211, maio/ago. 2010
Vídeos Ilustrativos :
Site :
http://www.agsodontomedica.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Terapia-Fotodin%C3%A2mica-em-Endodontia.pdfOsteoporose x Endodontia
Osteoporose x Endodontia
A osteoporose é uma enfermidade que provoca enfraquecimento ósseo, afetando principalmente pessoas idosas. Estes pacientes frequentemente fazem uso do BISFOSFONATOS .
Esta substância possui efeitos adversos muito importantes :
a ) OSTEONECROSE dos maxilares
b) Ulcerações do assoalho bucal
Portanto , se o tratamento endodôntico esta indicado em um paciente que faz uso do Alendronato ou outro bisfosfonato , deve-se pensar em evitar ao máximo agressões por menores que sejam .
A Odontometria nestes casos deve ser feita com o auxílio do localizador apical eletrônico ( LAE ) , evitando-se o transpasse foraminal para que se minimize a possibilidade de uma osteonecrose apical .
Já durante o isolamento absoluto, deve-se atentar para a colocação do grampo . Este não deve afetar tecidos gengivais , pois há um risco de formação ulcerosa nesta região.
Então , no momento da anamnese , se o paciente relatar que possui osteoporose ou outra enfermidade óssea, tal como Doença de Paget , Neoplasia óssea , entre outros , deve-se investigar se o mesmo está fazendo uso de algum bisfosfonato e agir de forma bastante cautelosa.
http://www.inca.gov.br/rbc/n_52/v01/pdf/relato_caso.pdf |
domingo, 23 de setembro de 2012
Técnica Híbrida de Tagger
Técnica Híbrida de Tagger
SAF ( Self Adjusting File )
SAF
Proposta diferente de instrumentação endodôntica, proposta pelo prof. Metzger et. al , 2010 que preconiza uma irrigação contínua como potencializadora da limpeza dos condutos radiculares. O sistema é composto por 02 instrumentos ocos de NiTi ( 1,5 e 2,0 mm de diâmetro ) que tendem a se comprimir de acordo com a anatomia dos canais radiculares e , por resiliência , voltam ao seu diâmetro inicial , desgastando o mínimo de paredes intra-canais .
Há uma necessidade prévia de utilização de instrumentos manuais e/ou rotatórios para que se obtenha um preparo apical de 0,2 mm ( para a SAF de 1,5 ) e de 0,3 mm ( para SAF de 2,0 ) . Neste momento , é escolhida a SAF e usada no canal com movimentos de " bicadas " , com a utilização de um contra-ângulo especial.
PASMEN !!!! O PQM preconizado por este sistema tem duração de 04 minutos , sendo divididos em dois tempos de 02 minutos cada. Com o auxílio da sua " irrigação ativa " por um sistema baseado em uma bomba peristáltica ( como ilustrada no vídeo ) concomitante à instrumentação , a remoção de debris e smear layer tornam-se mais efetivos.
Os instrumentos perdem acentuadamente seu poder de corte após o primeiro uso , o que lhes confere a necessidade de USO ÚNICO.
O sistema promete, entretanto há uma grande dificuldade de sua obtenção , inclusive sua comercialização foi suspensa nos EUA , talvez por falta ainda de maiores embasamentos técnicos científicos que lancem este sistema verdadeiramente no mercado , tornando-o um grande concorrente para os sistemas atuais de instrumentação automatizada dos canais radiculares.
FONTE :
Endodontia : uma visão comtemporânea [FBE]
Ruy Hizatugu
Eduardo Fregnani
Bomba Peristáltica :
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Movimento reciprocante - RECIPROC ( VDW )
Casos clínicos :
GP System - Denjoy
Daqui a um mês este será meu sistema de obturação de canais radiculares. A pistolinha é como se fosse um OBTURA 2 Chinês .
O princípio é o mesmo do Obtura:
Livros ... Como já dizia meu avô Gerson ( in memorian ) : " Quem não lê , não ouve, não fala e não vê !!! " ... e também não é um bom Endodontista !!! Rs !!!
Surplus ( " puff " )
Surplus
O surplus ou puff apical é um tema bastante discutido ainda nos tempos atuais. Alguns autores defendem que o surplus garante o bom selamento apical e a garantia da manutenção da patência e de que o extravasamento de cimento para zona apical não está associado à dor pós operatória, pois acredita-se que esta está relacionada às bactérias , ou melhor , ao LPS que é liberado na lise bacteriana ( bact. Gram - ) . Entretanto outros autores afirmam que é inapropriado o puff , tendo em vista que ele gera sim uma agressão periapical associada à dor pós operatória.
Na minha opinião , o surplus não é desejado , entretanto quando ocorre não há com o que se preocupar , tendo em vista o provável selamento apical e a manutenção da patência. O cimento é reabsorvido ou então forma-se uma capsula fibrosa que engloba o material o que não causará desconforto ao paciente , nem insucesso .
A seguir opiniões de dois professores brasileiros renomados na Endodontia que discordam em relação a este assunto :
O Professor Ruy Hizatugu diz em seu site (http://
"Na técnica da obturação hidráulica com guta percha termoplastificada, observa-se frequentemente na obturação tridimensional um botão de cimento e/ou guta-percha (Surplus – Puff) associado as portas de saída do Sistema de Canais Radiculares (canais la
terais e ramificações). Nos cursos usa-se cimento Endo Fill por medida de economia. Lmbre-se a dor pós-operatória severa (Flare-Up) não é induzida pelo cimento obturador e nem pelos botões. Ela é induzida por microorganismos."
Já , Prof. Ronaldo Souza diz em seu site (http:// www.endodontiaclinica.odo.b r/pages/posts/puff135.php ) :
" Não se pode pensar em contra-argumentar dizendo que não se consegue eliminar todos os microorganismos. Se a presença destes é capaz de promover dor pós-operatória severa, não houve controle de infecção, portanto não há como pensar em obturar o canal. Como o professor, provavelmente, não obtura o canal na presença de infecção, a dor pós-operatória severa pode sim ser induzida pelo cimento obturador e pelos botões de cimento e /ou guta percha (“puff”) nos casos de obturações tridimensionais com guta percha plastificada. "
Eu particularmente , fico com a opinião do prof. Ruy Hizatugu , pois com o " puff " posso garantir que minha patência foi alcançada e mantida , alem de conseguir um selamento apical mais efetivo .
Quanto à dor pós operatória, devemos lembrar das " danadinhas " bactérias gram negativas e sua parede celular : quando ocorre a ruptura dessa parede, há a liberação do LPS , esse sim o grande vilão da endodontia , esse sim causa a dor pós operatória . Entao dizer que quem causa a dor é a bactéria, é uma afirmação mais que correta, mas poderia ser complementada dizendo que a lise bacteriana em sua grande parte de bactérias gram negativas , está associada à dor pós operatória. Além do conhecido flare up que é o extravasamento de material contaminado ( debris ) , onde estão presente uma infinidade de microorganismos !!!!
Qual sua opinião sobre esse assunto ?
Com " puff " ou sem " puff " ?
De onde vem a dor pós operatória ?
Já , Prof. Ronaldo Souza diz em seu site (http://
" Não se pode pensar em contra-argumentar dizendo que não se consegue eliminar todos os microorganismos. Se a presença destes é capaz de promover dor pós-operatória severa, não houve controle de infecção, portanto não há como pensar em obturar o canal. Como o professor, provavelmente, não obtura o canal na presença de infecção, a dor pós-operatória severa pode sim ser induzida pelo cimento obturador e pelos botões de cimento e /ou guta percha (“puff”) nos casos de obturações tridimensionais com guta percha plastificada. "
Eu particularmente , fico com a opinião do prof. Ruy Hizatugu , pois com o " puff " posso garantir que minha patência foi alcançada e mantida , alem de conseguir um selamento apical mais efetivo .
Quanto à dor pós operatória, devemos lembrar das " danadinhas " bactérias gram negativas e sua parede celular : quando ocorre a ruptura dessa parede, há a liberação do LPS , esse sim o grande vilão da endodontia , esse sim causa a dor pós operatória . Entao dizer que quem causa a dor é a bactéria, é uma afirmação mais que correta, mas poderia ser complementada dizendo que a lise bacteriana em sua grande parte de bactérias gram negativas , está associada à dor pós operatória. Além do conhecido flare up que é o extravasamento de material contaminado ( debris ) , onde estão presente uma infinidade de microorganismos !!!!
Qual sua opinião sobre esse assunto ?
Com " puff " ou sem " puff " ?
De onde vem a dor pós operatória ?
Assinar:
Postagens (Atom)