Objetivo de site

Este site visa abordar os temas mais modernos da endodontia , englobando artigos científicos , textos , gravuras , vídeos , depoimentos , dicas de casos clínicos e sugestões de literatura.
Todo este conteúdo voltado para esta apaixonante especialidade da odontologia , ENDODONTIA !!!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tratamento de Perfuração Radicular com MTA

Tratamento de Perfuração Radicular com MTA


As perfurações endodônticas são resultantes da cárie dentária , reabsorção ou iatrogenia e comunicam a cavidade pulpar com o ligamento periodontal , promovendo um desarranjo perirradicular com consequências  nocivas aos tecidos de suporte dentário.

Segundo Fuss et al (1996 ),o prognóstico da perfuração depende da eliminação da infecção bacteriana do do local e do material utilizado para o selamento , o qual deve ser biocompatível e dimensionalmente estável.

Para o tratamento da perfuração pode-se utilizar a via endodôntica , a via cirúrgica ou ambas .

O material mais comumente usado no selamento de perfurações é o MTA (agregado trióxido mineral ) .

Descrição do caso clínico :

O paciente foi encaminhado por uma cirurgião buco maxilo facial em um CEO ( centro de especialidades odontológicas ) , o qual realizou uma cirurgia para drenagem de abcesso intra oral .
 Aproveitando o momento cirúrgico, o colega resolveu fazer o acesso coronário dos dentes envolvidos no processo infeccioso. 
Infelizmente houve um desvio do trajeto do conduto radicular , tendendo a um caminho mesio-palatino nas unidades 2.1 e 2.2 . 
A unidade 2.1 não sofreu perfuração, entretanto na 2.2 , foi observada um sangramento contínuo e incessante o que levou o CBMF desconfiar da trepanação radicular. 

O paciente compareceu ao setor da endodontia do CEO com uma restauração provisória e queixando-se de " dor ao mastigar " .
Foi feita percussão vertical ( + ) e horizontal ( + ) , além do teste de sensibilidade ao frio ( - ) . Ausência de edema e palpação do fundo de sulco normal .

Foi usado um localizador foraminal eletrônico  para detectar em que nível estava a perfuração , a que distância ela estava localizada.

Os procedimento realizados para tratamento da Perfuração Radicular estão descritos nas figuras abaixo que ilustram este caso :




Proservação de 03 meses

Proservação de 06 meses

O caso clínico foi proservado com 03 e 06 meses e o paciente encontra-se assintomático e muito satisfeito com o procedimento realizado e mais ainda : " sem gastar meu dinheirinho suado " ( palavras do paciente ) , visto que o tratamento desta perfuração foi feito com recursos próprios ( MTA , localizador foraminal eletrônico , entre outros ) , entretanto em um CEO ( Centro de especialidades odontológicas ) que é uma unidade da rede pública.

Foi marcada nova consulta de proservação para 01 ano da data de conclusão deste tratamento.

Reflexão :

É triste quando , nos dias atuais ,  alguns profissionais renomados ainda indicam uma exodontia em um caso semelhante sem ao menos tentar salvar a unidade dentária . Será falta de coleguismo , ganância , preguiça ou falta de confiança no próprio trabalho ? 

Fica esta dúvida no ar !!!


                                                                                                       Flávio Prisco







  


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Extravasamento de Cimento pelo Trajeto Fistuloso

Extravasamento de Cimento pelo Trajeto Fistuloso




Ontem fiz um caso clínico que me deixou meio " encucado " ... 

Atendi um paciente que chegou com um 1.5 com fístula na vestibular . Fiz o acesso , instrumentei, fiz a PUI e obturei na mesma cons

ulta . Até aí , tudo bem. Removi o isolamento absoluto e tomei um susto ao ver o cimento saindo pela fístula...Radiografei e a imagem revelou um caminho do cimento até parar na saída da fístula.

Ficou uma imagem feia, parecendo que o material obturador estava dentro do seio maxilar , mas acredito que tenha sido uma sobreposicao de imagens , pois houve sua saída pela fístula .

Na hora pensei : " OXENTE " , como isso aconteceu ?

Mas parei pra pensar : quando nós rastreamos o caminho fistuloso com um cone de guta , ele as vezes vai da " entrada " da fístula até o ápice do dente envolvido . Então o que aconteceu foi o mesmo, mas em ordem invertida e com o cimento endodontico.

Uso o MTA- Fillapex que possui um grande escoamento e esta propriedade deve ter se " destacado " bastante neste caso !!! Rs !!!

Remarquei o paciente com 03 meses . Acredito que o material seja reabsorvido .

Hoje fui ao local de trabalho do paciente para uma visitinha informal ( morrendo de medo ... eheheh ) ,mas para minha surpresa , ele estava em ótimo estado , sem dor e feliz da vida , pois descobriu ontem que " canal não dói !!! " ( palavras dele ) !!! Também, um dente necrosado... Deixe ele ter uma pulpite irreversível daquelas bem " brabas " !!! eheheheheh .... 





Prescrevi um analgésico , mas o paciente disse que nem tomou , pois não sentiu dor alguma !!!!

Ainda bem que Deus me ajudou mais uma vez ... UFA !!!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lesão Endo-periodontal - 2ª Sessão

... continuando o caso outrora postado :


Rx final :



Lesão endo-periodontal ...

1ª Sessão :


Acesso , odontometria , PQM , PUI e medicação intracanal ( pasta HPG ) .
Paciente encaminhado para tratamento periodontal para que depois seja finalizado o tratamento endodôntico .

2ª Sessão :

Recaptulação do PQM , PUI , obturação do conduto radicular .
Marcada proservação com 03 meses para verificação de início de formação óssea.

...muita oração agora !!!! eheheheheh

Molarzinho do dia !!!



Saída foraminal para-apical com lesão também lateralmente localizada ; 

Manutenção da patência

Instrumentação rotatória com Sistema Prodesign S

PUI - irrigação ultrassônica passiva

Obturação termoplastificada

Marcada proservação com 03 meses .

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cauterizador Portátil

" Bisturi elétrico " portátil !!!





Este é um cauterizador portátil . Muito útil em gengivectmoias , isolamento absoluto , corte de guta percha, entre outros. Abaixo vou colocar especificações do aparelho e seu uso . Está disponível na Dental Caliari ( http://www.dentalcaliari.com.br/produtos/produto.asp?codp=749#form ) .

Cauterizador Cautermax é um bisturi elétrico bipolar e descartável que é conhecido também como caneta de cauterização. As canetas de cauterização são muito utilizadas e procuradas por serem descartaveis e fácil manuseio.
Descrição do produto
Cauterizador elétrico descartável.
Cauterizador Cautermax é Fantastico, é prático, é super fácil de manusear e tem ótimo custo Beneficio.

O Cauterizador Cautermax atinge a temperatura máxima em uso de 1.200°C.
Utiliza duas bateria alcalinas possui uma longa duração permitindo a utilização para procedimentos com até 10 minutos contínuos sem preocupações. Com o Cauterizador Cautermax é possível realizar até 90 procedimentos.

Cauterizador Cautermax possui design moderno
Cauterizador Cautermax possui baterias internas
Cauterizador Cautermax é extremamente fácil de manusear
Cauterizador Cautermax possui menor custo e mesma eficiencia que outros cauterizadores
Cauterizador Cautermax possui 3 opções de pontas para esterilização

O Cauterizador Cautermax atua com resultados precisos e eficientes em pequenos vasos sanguíneos. O Cauterizador é extremamente fácil de usar e funciona por baterias internas; existe a opção de escolha de 3 modelos que variam de acordo com o formato da ponta Cauterizadora.
A escolha da ponta cauterizadora deve ser de acordo com a necessidade de trabalho do profissional pois permitem uma grande variedade de incisões, recessos e seções a serem cauterizadas eficientemente.

O Cauterizador Cautermax por ser elétrico e descartável proporciona uma excelente alternativa com menor custo do que os cauterizadores que utilizam radio-freqüência. Esta tecnologia é especialmente indicada para procedimentos cirúrgicos tais como cauterizações dermatológicas, pequenas operações ginecológicas, cauterização de vasos durante implantes de marca-passos, como também nas cirurgias cardiovasculares, reconstrutivas e oftalmológicas.

O Cauterizador Cautermax é muito utilizado em diversas áreas de atuação devido a sua diversidade e praticidade .

CAUTERMAX – GUIA DE APLICAÇÕES :


ODONTOLOGIA
Ulectomia (cirurgia)
Aumento de coroa clínica (endodontia, periodontia, prótese, dentística)
Corte de cone de gutapercha (endodontia)
Abertura de implante (cirurgia)

INFORMAÇÕES SOBRE O PRODUTO :


DESCRIÇÃO: Cauterizador movido à bateria

PONTA: fina, larga ou redonda

MATERIAL: ABS Novadur Bayer

COMPRIMENTO: 18cm

FILAMENTO: Níquel Cromo

TEMPERATURA MAX.: 1.200°C (2.200 °F)

PESO: 65 gr

ENERGIA: 2 baterias alcalinas tipo “AA”

ESTERILIZAÇÃO: óxido de etileno

REGISTRO ANVISA: 80213730010

ARMAZENAMENTO: Temperatura de + 0°C à +50°C / umidade relativa do ar: de 20% à 80%

VALIDADE: 24 meses da data de fabricação estampada na caixa

ESTERILIZAÇÃO DO CAUTERIZADOR: 



O procedimento para esterilização do Cauterizador é extremamente fácil;

- Após o procedimento clinico realizado aguarde até que a ponta do Cauterizador Cautermax esfrie por completo;
- Depois de resfriada, Utilize uma gaze para limpar a ponta do Cauterizador Cautermax com álcool e aguarde secagem por completo;
- Ligue o Cauterizador Cautermax até que atinja a temperatura máxima por alguns segundos efetuando assim a esterilização.

A Alta temperatura do aparelho garante que todos os microorganismos sejam eliminados.

Como seu quando devo descartar o produto?
APÓS O TÉRMINO DAS BATERIAS.

O Cauterizador Cautermax pode ser utilizado por Profissionais da área de Odontologia, Estética, Médica no geral, Veterinários e Especialidades Cirúrgicas.

Registro ANVISA nº 80213730007




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um pouco de Música para relaxar !!!

Este é meu tio Luis, irmão do meu pai e sua paixão : o violão , a música !!!
Um bom endodontista deve apreciar uma boa música .



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Personagens da Odontologia

Pierre Fauchard


 Pierre Fauchard (Bretanha, c. 1678 — Paris, 22 de março de 1761) foi um médico francês, considerado o "pai da moderna odontologia", autor da obra Le Chirurgien Dentiste (1728), em que descreve a anatomia oral, sintomas de patologias da boca, técnicas para remoção de cáries, restauração e implante de dentes.


Edward H. Angle


Angle, como não gostava das lidas do campo, onde morava, tornou-se aprendiz de Odontologia, matriculando-se, em 1876, na Faculdade de Cirurgia Dentária da Pensilvânia, onde se formou em 1878. Depois de praticar Odontologia por alguns anos em Minneapolis, interessou-se pelo alinhamento dos dentes mal colocados e na correção de deformidades dos maxilares.
Atraindo atenção com seu trabalho neste campo inusitado que era a ortodontia daquela época, foi convidado em 1886 para participar da escola dentária da Universidade de Minnesota. Em 1887, apresentou um artigo intitulado “Irregularidades dos Dentes” ante o 9º Congresso Médico Internacional. Este artigo sempre foi considerado a primeira edição de seu livro didático, que passou por sete edições, com tradução para muitas línguas estrangeiras.
Em 1899, publicou na Dental Cosmos um artigo intitulado The Classification of Malocclusion, o qual continha sua definição de maloclusão.
Em 1900,  quatro jovens dentistas passaram três semanas no consultório de Angle aprendendo seus princípios e foram considerados como sendo a primeira classe treinada em uma escola de Ortodontia ou em qualquer especialidade dentária. Eles eram Thomas B. Mercer, Henry A, Lindas, Milton T. Watson e Herbert A. Pullen.
Angle continuou fazendo história até 1930, ano em que veio a falecer. Hoje é considerado o pai da ortodontia.



Per-Ingvar Brånemark

Em 1965, Branemark juntamente com um grupo de pesquisadores da Universidade de Gotemburgo (Suécia) iniciou as pesquisas sobre osseointegração. Na época, a real motivação de suas pesquisas era o de desenvolver métodos que resolvessem as deficiências físico-funcionais dos seres humanos.
Durante uma de suas investigações sobre a microcirculação sanguíneas em tíbias de coelhos com a ajuda de uma câmara de observação em titânio, observou que osso e metal se integravam perfeitamente sem rejeição. Estava ganhando vida uma das maiores revoluções da odontologia.
Depois de muitas outras pesquisas e aperfeiçoamentos, a descoberta foi divulgada em 1982 em uma conferência na Universidade de Toronto (Canadá). Branemark já escreveu dezenas de livros, recebeu mais de trinta prêmios internacionais e indicações ao premio Nobel.
Uma passagem curiosa de uma reportagem sobre Branemark na revista VEJA em setembro de 2005:
“Conhecido e aclamado no mundo todo, Bränemark vive de aposentadoria e da venda de know-how para a indústria e já tratou pacientes importantes.
Recorda-se que certa vez recebeu em Gotemburgo uma equipe médica da Coréia do Norte encarregada de aprender a técnica de recuperação de arcadas dentárias. No fim do curso, acompanhados de um militar e munidos de (também eles) malas cheias de dinheiro vivo, compraram todos os equipamentos necessários e foram embora.
Anos depois, Bränemark recebeu um cartão recheado de chapas de raio X – eram imagens da arcada dentária recuperada do ditador Kim Il Sung. “Ainda bem que eu não tive de ir lá. Imagine se tivesse dado errado”, brinca.”
Branemark vive no Brasil, mais especificamente em Bauru onde construiu a sede mundial do seu instituto.

Dr. Greene Vardiman Black


Dr. Greene Vardiman Black (1836-1915), reconhecido como o pai da moderna odontologia, nasceu em Winchester, Illinois, Estados Unidos. Seu trabalho e as contribuições para a odontologia foram todos baseados em Illinois. Sua carreira incluiu práticas dentárias em Winchester e Jacksonville, Illinois. Dr. Black ensinou em várias escolas na área odontológica, e ocupou o cargo de segundo reitor da Universidade Northwestern Dental School, que se tornou conhecida como a maior e mais notável instituição do seu genero sob sua administração.
Dr. Black contribuiu para o avanço da ciência odontológica por padronizar procedimentos operacionais e proporcionando uniformidade na fabricação de amálgama, o preparo cavitário e suas terminologias. Com o desenvolvimento do amálgama dentário, a mais de 150 anos atrás, ajudou a definir as normas para fórmulas, uso clínico e técnicas. Entre suas invenções odontológicas destacam-se o uso das primeiras canetas de alta rotação com pedal e do gnatodinamometro para medir a força de mastigação. Provavelmente todo dentista ouviu falar deBlack na primeira aula de dentística. Se não ouviu é porque não estava prestando atenção…


Rafael L. Bowen


Você colega dentista deve reverenciar este senhor. Seu nome: Rafael L. Bowen. Um dos maiores pesquisadores da área odontológica que dedica até hoje sua inteligência e talento para o desenvolvimento de resinas compostas e adesivos mais modernos e que a temida contração de polimerização, um dia, não prejudique mais as restaurações. o Dr. Bowen trabalha até hoje na ADA (American Dental Association), começou mais precisamente em 1956 e tem inumeros trabalhos escritos e “descobertas” patenteadas. BIS-GMA (bisfenol A + glicidil metacrilato), MMA, TEGDMA e EGDMA = resina composta. Obrigado Bowen!



Dr. Horace Wells


O Dr. Horace Wells foi um dentista norte americano nascido em Hartford, Vermont, que começou a pesquisar as propriedades anestésicas do óxido nitroso (1840) pois não aguentava mais ver seus pacientes sofrendo com tanta dor. Assistindo a uma apresentação pública de um circo, observou que Samuel Cooley, um dos participantes, sob a ação do óxido nitroso, sofrera um ferimento extenso na perna, mas não demonstrara qualquer sinal de dor. Logo depois, o dentista convidou Gardner Colton, o empresário do circo, para realizar uma experiência em seu consultório.
No dia seguinte, em 11 de dezembro (1844), pediu a seu colega Riggs, que extraisse um de seus próprios dentes, para mostrar a eficiência do gás como anestésico, após inalar o gás. Em janeiro de 1848, Wells utilizou clorofórmio em si por uma semana. Ele se tornou viciado e cada vez mais enlouquecido. Um dia, delirante, Wells saiu correndo para a rua e jogou ácido sulfúrico sobre o vestuário de duas prostitutas.
Chegou a ser preso na horrível Tomb’s Prison. Quando a influência da droga diminuiu, a mente de Wells começou a limpar. Em desespero, ele percebeu o horror do que ele tinha feito. Wells, em seguida, cometeu suicídio, cortando uma artéria na perna com uma lâmina de barbear após a inalação de uma dose de analgésicos de clorofórmio para diminuir a dor.











sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Wave One



Movimento Reciprocante 

Agora no Brasil um sistema rotatório de limas NiTi de quarta geração comercializada pela Dentsply. Do mesmo modo que as limas RECIPROC, as limas WAVE ONE foram desenvolvidas para serem utilizadas uma única vez em motores próprios para o movimento recíproco. O sistema apresenta 3 limas que serão utilizadas unicamente (uma única lima) em canais atrésicos, médios e amplos.












Variação Anatômica

Este , alias, ESTES dentes foram extraídos por uma colega , Dra. Fabiane, que mostrou muita raça e sorte... Isso porque ela realizou esta exodontia em um posto de atenção básica , sem radiografia periapical e sem nenhum instrumental para uma intervenção mais invasiva .

Esta fotografias servem para nos alertar o quão é surpreendente nosso organismo e como a anatomia dental pode variar.

Vença a ANATOMIA e seja um vitorioso endodontista !!!

Divirtam-se com as fotografia !!!


" Os dentes também amam " 











Lesão Endo-periodontal

Lesão Endo-periodontal


Dr. Flávio Prisco


A relação entre as doenças pulpares e periodontais tem sido objeto de estudo há alguns anos. Muito já foi discutido em relação à etiologia, diagnóstico e tratamento das lesões endo-periodontais .

Sabe-se que ao haver uma combinação entre estas duas lesões , o tratamento combinado deve ser feito , respeitando-se a prioridade do tratamento endodôntico para posterior tratamento periodontal . 

O sistema de canais radiculares é bastante complexo , sendo o  seu domínio inclusive um grande obstáculo mesmo com a enorme gama de tecnologia que a endodontia atual possui. De nada adianta um grande arsenal , se o endodontista não domina a anatomia dental.

A ligação entre o tecido periodontal e o endodôntico se dá atraves de canais laterais, acessórios, apicais e dos tubulos dentinários . E é por este caminho que as bactérias colonizam os tecidos afetando-os.

A desinfecção interna radicular se mostra imprescindível antes do tratamento periodontal ,visto que se a endodontia não for priorizada , o tratamento periodontal será em vão devido à re-infecção do sítio tratado pelas bactérias oriundas do canal radicular .

Neste caso apresentado pela radiografia ( ainda em tratamento ) , optei pela intervenção endodôntica realizando a abertura coronária , instrumentação e colocação da medicação intracanal ( pasta HPG ). Encaminhei o paciente para que fosse feito o tratamento periodontal ( ou mesmo iniciado ) , para que posteriormente seja concluído o tratamento endodôntico .




Ao finalizar este caso, farei o seu acompanhamento com rigor, afim de publicá-lo neste site .

Aguardem !!!!

Leitura recomendada:





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PDT ( Photodynamic Therapy ) - Terapia fotodinâmica



PDT


Nas últimas décadas, a endodontia evoluiu substancialmente com o desenvolvimento e adoção
de novas tecnologias e materiais, facilitando o trabalho do endodontista e diminuindo o tempo para execução do tratamento endodôntico. Apesar disso, a maioria das falhas ou insucessos endodônticos está relacionada com a persistência de microrganismos que resistiram ao preparo químico-mecânico ou à medicação intracanal¹. A terapia fotodinâmica desponta como uma
nova terapia, coadjuvante ao tratamento endodôntico, na tentativa de eliminar microorganismos persistentes ao preparo químico-mecânico. Sendo de fácil e rápida aplicação clínica, não desenvolve resistência microbiana, podendo ser indicada em tratamentos endodônticos em sessão única ou em múltiplas sessões.

Breve Histórico :


A utilização da luz como agente terapêutico tem sido empregada no tratamento de doenças desde a Antiguidade. No Egito, Índia e China utilizava-se a luz solar para tratamento de doenças da pele como psoríase, vitiligo e câncer.

O conceito de morte celular induzido pela interação de luz e substâncias químicas é reconhecido há mais de cem anos. No ano de 1900, as primeiras experiências com tratamento fotodinâmico foram relatadas por Oscar Raab, um estudante de medicina, e seu professor, Herman Von Tappeiner, em Munique. Eles estudaram o efeito do corante de acridina sobre culturas de paramécios e descobriram que a combinação do corante de acridina e luz foi letal para esses. Durante uma tempestade com ocorrência de muitos raios houve alteração das
condições luminosas do ambiente no momento dos experimentos, o que levou os autores a postular que esse efeito era causado pela transferência da energia da luz para a substância química, similar ao que ocorre nas plantas pela absorção da luz pela clorofila. Nem a luz ou o corante isoladamente tiveram qualquer efeito aparente sobre os paramécios, mas juntos foram altamente citotóxicos.

Mecanismo de Ação :



A terapia fotodinâmica, também conhecida como PDT, acrônimo de photodynamic therapy, surge como uma promissora terapia antimicrobiana. Envolve a utilização de um fotossensibilizador (corante), que é ativado pela luz de um específico comprimento
de onda na presença de oxigênio. A transferência de energia do fotossensibilizador ativado
para o oxigênio disponível resulta na formação de espécies tóxicas de oxigênio , conhecida como oxigênio singleto e radicais livres. Estes são espécimes químicos altamente reativos que danificam proteínas, lípedes, ácidos nucleicos e outros componentes celulares microbianos.

Efeitos fototóxicos da PDT :

Existem 02 tipos de reação :


A reação do tipo I com água em meio microbiano pode elevar os radicais hidroxila, que
podem reagir com biomoléculas ou se combinar para formar peróxido de hidrogênio in situ. Os subsequentes resultados citotóxicos incluem a remoção de hidrogênio de moléculas insaturadas, como os fosfolipídeos da membrana citoplasmática bacteriana, alterando a permeabilidade e integridade da membrana. A inativação de enzimas da membrana e receptores também é possível.

Na reação do tipo II, o fotossensibilizador no estado tripleto transfere sua energia para o oxigênio molecular, formando in situ o oxigênio singleto, que então reage rapidamente com componentes celulares, como a parede celular, ácido nucleico, peptídeos e moléculas envolvidas na manutenção estrutural da parede celular/membrana, tais como fosfolipídeos
esteróis e peptídeos.


Tempo de pré-irradiação :



O tempo de pré-irradiação corresponde ao tempo decorrido entre a aplicação do fotossensibilizador no alvo e sua ativação pela luz.  Atualmente preconiza-se um tempo de 01 minuto .


Fotossensibilizadores :


Na endodontia, os fotossensibilizadores derivados das fenotiazinas têm sido amplamente empregados nas pesquisas envolvendo PDT .

As fenotiazinas são compostos heteroaromáticos tricíclicos, corantes azuis, como o corante azul de toluidina e o azul de metileno. Em baixas concentrações não produzem ação citotóxica e a dose necessária para a morte bacteriana é menor que a dose para causar danos a células, como queratinócitos e fibroblastos.








Fontes de energia : 


Atualmente são utilizados lasers de diodo, emitindo no espectro do vermelho em baixa intensidade, por serem bem absorvidos pelos tecidos biológicos. Na terapia fotodinâmica, os efeitos obtidos não o são por incremento de temperatura, mas por reações fotoquímicas entre o fotossensibilizador, luz e o substrato.

Uma fonte de luz alternativa para a PDT são os LEDs (diodos emissores de luz), que podem ser utilizados como fontes de ativação em PDT, apresentando um baixo componente térmico e luz monocromática, com banda estreita de comprimento de onda. Nos LEDs predomina o mecanismo espontâneo de radiação com pouca energia para geração de luz, apresentando largo espectro de luz não coerente e com maior divergência.


A luz pode ser transmitida por meio de fibra óptica; estas fibras podem receber adaptações para melhor acessar a lesão alvo com micro-lentes e difusores .


                                                                     Fonte :
     Amaral R., Amorim J. , Faria J. , Nunes E., Soares J., Silveira F. Photodynamic therapy in endodontics - review of literature. RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 2, p. 207-211, maio/ago. 2010


Vídeos Ilustrativos :








Site :

http://www.agsodontomedica.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Terapia-Fotodin%C3%A2mica-em-Endodontia.pdf



Osteoporose x Endodontia

Osteoporose x Endodontia


A osteoporose é uma enfermidade que provoca enfraquecimento ósseo, afetando principalmente pessoas idosas. Estes pacientes frequentemente fazem uso do BISFOSFONATOS .
Esta substância possui efeitos adversos muito importantes :

a ) OSTEONECROSE dos maxilares
b) Ulcerações do assoalho bucal

Portanto ,  se o tratamento endodôntico esta indicado em um paciente que faz uso do Alendronato ou outro bisfosfonato , deve-se pensar em evitar ao máximo agressões por menores que sejam .

A Odontometria nestes casos deve ser feita com o auxílio do localizador apical eletrônico ( LAE ) , evitando-se o transpasse foraminal para que se minimize a possibilidade de uma osteonecrose apical .

Já durante o isolamento absoluto, deve-se atentar para a colocação do grampo . Este não deve afetar tecidos gengivais , pois há um risco de formação ulcerosa nesta região.

Então , no momento da anamnese , se o paciente relatar que possui osteoporose ou outra enfermidade óssea, tal como Doença de Paget , Neoplasia óssea , entre outros , deve-se investigar se o mesmo está fazendo uso de algum bisfosfonato e agir de forma bastante cautelosa.


http://www.inca.gov.br/rbc/n_52/v01/pdf/relato_caso.pdf




domingo, 23 de setembro de 2012

Técnica Híbrida de Tagger

Técnica Híbrida de Tagger



Vídeo feito pelo meu grande amigo Prof. Ms. Manoel Matos Neto

Endodontia : uma visão comtemporânea

A cada capítulo lido um novo aprendizado !!!



SAF ( Self Adjusting File )

SAF


Proposta diferente de instrumentação endodôntica, proposta pelo prof. Metzger et. al , 2010 que preconiza uma irrigação contínua como potencializadora da limpeza dos condutos radiculares. O sistema é composto por 02 instrumentos ocos de NiTi ( 1,5 e 2,0 mm de diâmetro ) que tendem a se comprimir de acordo com a anatomia dos canais radiculares e , por resiliência , voltam ao seu diâmetro inicial , desgastando o mínimo de paredes intra-canais .
Há uma necessidade prévia de utilização de instrumentos manuais e/ou rotatórios para que se obtenha um preparo apical de 0,2 mm  ( para a SAF de 1,5 ) e de 0,3 mm ( para SAF de 2,0 ) .  Neste momento , é escolhida a SAF e usada no canal com movimentos de " bicadas " , com a utilização de um contra-ângulo especial.
PASMEN !!!!  O PQM preconizado por este sistema tem duração de 04 minutos , sendo divididos em dois tempos de 02 minutos cada. Com o auxílio da sua " irrigação ativa " por um sistema baseado em uma bomba peristáltica ( como ilustrada no vídeo ) concomitante à instrumentação  , a remoção de debris e smear layer tornam-se mais efetivos.
Os instrumentos perdem acentuadamente seu poder de corte após o primeiro uso , o que lhes confere a necessidade de USO ÚNICO.
O sistema promete, entretanto há uma grande dificuldade de sua obtenção , inclusive sua comercialização foi suspensa nos EUA , talvez por falta ainda de maiores embasamentos técnicos científicos que lancem este sistema verdadeiramente no mercado , tornando-o um grande concorrente para os sistemas atuais de instrumentação automatizada dos canais radiculares.


                                                                                        FONTE :

                                       Endodontia : uma visão comtemporânea [FBE]
                                                                     Ruy Hizatugu
                                                        Eduardo Fregnani


Bomba Peristáltica :


                                           






quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Movimento reciprocante - RECIPROC ( VDW )

Este sistema preconiza o PQM com uma única lima ( descartável ) !!!



Casos clínicos :


GP System - Denjoy



Daqui a um mês este será meu sistema de obturação de canais radiculares. A pistolinha é como se fosse um OBTURA 2  Chinês .
O princípio é o mesmo do Obtura:

OBTURA 2 !!!

Remoção de 02 limas fraturadas com auxílio do ultrassom !!!


DESCRIÇÃO DO CASO :









Alguns casos clínicos feitos por mim no curso de Especialização !!!


Livros ... Como já dizia meu avô Gerson ( in memorian ) : " Quem não lê , não ouve, não fala e não vê !!! " ... e também não é um bom Endodontista !!! Rs !!!

 Com este Livro comecei a entender a Endodontia. Foi a primeira obra que li .

Esta obra fala sobre vários temas como PDT , PUI , Medicação intracanal , entre outros. 

Surplus ( " puff " )





Surplus


O surplus ou puff apical é um tema bastante discutido ainda nos tempos atuais. Alguns autores defendem que o surplus garante o bom selamento apical e a garantia da manutenção da patência e de que o extravasamento de cimento para zona apical não está associado à dor pós operatória, pois acredita-se que esta está relacionada às bactérias , ou melhor , ao LPS que é liberado na lise bacteriana (  bact. Gram - ) . Entretanto outros autores afirmam que é inapropriado o puff , tendo em vista que ele gera sim uma agressão periapical associada à dor pós operatória.

Na minha opinião , o surplus não é desejado , entretanto quando ocorre não há com o que se preocupar , tendo em vista o provável selamento apical e a manutenção da patência. O cimento é reabsorvido ou então forma-se uma capsula fibrosa que engloba o material o que não causará desconforto ao paciente , nem insucesso .

A seguir opiniões de dois professores brasileiros renomados na Endodontia que  discordam em relação a este assunto :

O Professor Ruy Hizatugu diz em seu site (http://www.ruyhizatugu.com.br/faq.htm ) que :

"Na técnica da obturação hidráulica com guta percha termoplastificada, observa-se frequentemente na obturação tridimensional um botão de cimento e/ou guta-percha (Surplus – Puff) associado as portas de saída do Sistema de Canais Radiculares (canais la
terais e ramificações). Nos cursos usa-se cimento Endo Fill por medida de economia. Lmbre-se a dor pós-operatória severa (Flare-Up) não é induzida pelo cimento obturador e nem pelos botões. Ela é induzida por microorganismos."

Já , Prof. Ronaldo Souza diz em seu site (http://www.endodontiaclinica.odo.br/pages/posts/puff135.php ) :

" Não se pode pensar em contra-argumentar dizendo que não se consegue eliminar todos os microorganismos. Se a presença destes é capaz de promover dor pós-operatória severa, não houve controle de infecção, portanto não há como pensar em obturar o canal. Como o professor, provavelmente, não obtura o canal na presença de infecção, a dor pós-operatória severa pode sim ser induzida pelo cimento obturador e pelos botões de cimento e /ou guta percha (“puff”) nos casos de obturações tridimensionais com guta percha plastificada. "

Eu particularmente , fico com a opinião do prof. Ruy Hizatugu , pois com o " puff " posso garantir que minha patência foi alcançada e mantida , alem de conseguir um selamento apical mais efetivo .
Quanto à dor pós operatória, devemos lembrar das " danadinhas " bactérias gram negativas e sua parede celular : quando ocorre a ruptura dessa parede, há a liberação do LPS , esse sim o grande vilão da endodontia , esse sim causa a dor pós operatória . Entao dizer que quem causa a dor é a bactéria, é uma afirmação mais que correta, mas poderia ser complementada dizendo que a lise bacteriana em sua grande parte de bactérias gram negativas , está associada à dor pós operatória. Além do conhecido flare up que é o extravasamento de material contaminado ( debris ) , onde estão presente uma infinidade de microorganismos !!!!

Qual sua opinião sobre esse assunto ?

Com " puff " ou sem " puff " ?

De onde vem a dor pós operatória ?